Como deve ser feito o tratamento da úlcera venosa?

Tratamento holístico:

O tratamento das úlceras venosas envolve diversos fatores, por isso, o acompanhamento precisa ser contínuo, não apenas para garantir a cura, mas, também, evitar recidivas. 

Assim, os enfermeiros responsáveis pelo tratamento de úlceras venosas precisam acompanhar a evolução da doença e adotar estratégias para promover a cicatrização de lesões já instaladas e prevenir outras lesões e recidivas, visando diminuir o desconforto e dores dos pacientes.

Mas para que tudo isso seja possível não basta apenas tratar a lesão, é preciso focar o tratamento nas queixas do paciente, intervindo diretamente nos fatores que comprometem sua saúde e qualidade de vida. Por isso, é de vital importância que os enfermeiros escutem as reclamações e preocupações dos pacientes que estão sendo assistidos, pois somente assim será possível direcionar os cuidados para resolver ou, pelo menos, minimizar os problemas expostos pelo enfermo.

Portanto, a enfermagem deve assistir o indivíduo em sua totalidade, considerando todas as suas fragilidades, sejam elas de caráter físico ou emocional, afinal, as úlceras venosas prejudicam tanto a saúde física quanto emocional do paciente, tendo grandes impactos socioeconômicos em sua vida. Então a atuação dos enfermeiros deve ser voltada tanto para o diagnóstico e quadro clínico do enfermo quanto para o encorajamento e instrução do paciente para que ele possa enfrentar as diversas dificuldades provenientes da insuficiência venosa, visando proporcionar mais conforto, bem-estar e qualidade de vida. 

Tratamento clínico:

Já quando falamos sobre o tratamento clínico, é imprescindível que este seja conduzido de forma a tratar a insuficiência venosa, afinal, os sintomas dessa doença estão diretamente relacionados com o surgimento das lesões e o comprometimento da qualidade de vida do paciente. Então, o cuidado ao paciente com úlcera venosa crônica deve incluir:

  • Abordagem medicamentosa;
  • Terapia tópica com coberturas locais;
  • Promoção do controle de exsudato;
  • Controle de infecções secundárias;
  • Prevenção de casos de recidivas.

A importância do apoio educacional:

Por fim, o apoio educacional também deve ser uma preocupação, visto que a baixa escolaridade dos pacientes pode dificultar o entendimento das orientações de cuidados com as lesões e a saúde como um todo, o que compromete o tratamento e, após a cicatrização, pode levar à recidiva. Consequentemente, o apoio educacional ao paciente também se faz vital para garantir o sucesso do tratamento e a melhora da qualidade de vida.

Desse modo, adotar estratégias voltadas à educação, sempre considerando o nível de escolaridade do paciente, é um fator crucial para que ele possa não apenas compreender o tratamento ao qual está sendo submetido, mas também participar ativamente do seu processo de recuperação, ajudando a devolver o seu senso de autonomia.

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