Você sabe o que é a limpeza hospitalar e por que garantir que ela seja realizada com qualidade, seguindo as recomendações de órgãos competentes, é uma obrigação? Continue lendo e saiba mais sobre a higienização de ambientes hospitalares e sobre a Norma Regulamentadora 32 (NR-32), que dispõe sobre as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores.
Por que realizar a limpeza no ambiente hospitalar é necessário?
Manter os ambientes hospitalares limpos e desinfectados é essencial para que seja possível assegurar aos pacientes um atendimento de qualidade e aos profissionais de saúde um ambiente de trabalho seguro, garantindo que a integridade física de todos seja preservada.
Isso se deve ao fato de que os ambientes hospitalares, sejam hospitais, clínicas ou até mesmo laboratórios, são locais mais suscetíveis para a proliferação de patógenos como bactérias, fungos e vírus, visto a circulação de pessoas acometidas pelas mais diferentes enfermidades. Por isso, aplicar diretrizes de higienização hospitalar que ajudem a diminuir os riscos biológicos é uma obrigação.
O termo “higienização hospitalar” se refere a todos os processos que visem a remoção de sujidades e qualquer tipo de microrganismos nocivos de superfícies como, por exemplo, pisos, paredes, bancadas, mesas, maçanetas, artigos, instrumentais e muitas outras. Assim, a higienização deve atender aos mais diferentes tipos de materiais, o que exige produtos e processos diferentes, por isso, ela é dividida em 3 categorias:
- “LIMPEZA: É a remoção de toda sujidade de qualquer superfície ou ambiente (piso, paredes, teto, mobiliário e equipamentos). O processo deve ser realizado com água, detergente e ação mecânica manual. Deve preceder os processos de desinfecção e esterilização.
- DESINFECÇÃO: É o processo de destruição de microrganismos patogênicos na forma vegetativa presentes em artigos médico-hospitalares ou superfícies, mediante a aplicação de solução germicida em uma superfície previamente limpa.
- DESCONTAMINAÇÃO: É a remoção de materiais orgânicos de uma superfície, com auxílio de uma solução desinfetante, aplicada diretamente sobre o agente contaminante.” ¹
Devido à sua importância, cada vez mais a higienização hospitalar tem sido estudada, aperfeiçoada e valorizada, afinal, ela é responsável tanto por garantir o bem-estar e segurança de pacientes e profissionais quanto por assegurar a diminuição das IRAS (infecções relacionadas à assistência à saúde), que não apenas impactam negativamente a qualidade de vida dos enfermos, mas, também, oneram os serviços de saúde.
Portanto, seguir devidamente as diretrizes elaboradas por órgãos competentes é uma exigência, pois constantes falhas nos processos de limpeza e desinfecção de superfícies podem ter graves consequências, contribuindo com o aumento das infecções hospitalares e colocando em risco a saúde de profissionais e pacientes.
O que é a NR 32?
Para garantir que os processos de limpeza sejam realizados de forma correta, foram criadas diversas Normas Regulamentadoras, entre elas está a NR-32, aprovada pela Portaria MTE nº 485/2005, que “tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.” ²
Entre os profissionais abrangidos, temos:
- Médicos;
- Dentistas;
- Enfermeiros;
- Auxiliares de enfermagem;
- Técnicos de enfermagem;
- Atendentes de ambulatórios;
- Motoristas de ambulância;
- Técnicos responsáveis pela limpeza ou manutenção de equipamentos;
- Entre outros.
A NR-32 foi a primeira Norma Regulamentadora brasileira desenvolvida exclusivamente para promover medidas de segurança trabalhista para os profissionais da área da saúde como um todo, por isso a sua grande importância!
Veja que, apesar da NR-32 ter como foco a segurança dos profissionais da saúde, os pacientes também são contemplados com o seu cumprimento, pois ela possui várias disposições sobre a higienização geral dos ambientes hospitalares. Confira nos trechos:
- “32.3.9.4.3 Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos à limpeza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais.”² Esse trecho dispõe sobre a padronização dos processos de limpeza.
- “32.8.1 Os trabalhadores que realizam a limpeza dos serviços de saúde devem ser capacitados, inicialmente e de forma continuada, quanto aos princípios de higiene pessoal, risco biológico, risco químico, sinalização, rotulagem, EPI, EPC e procedimentos em situações de emergência.”² Já esse parágrafo determina sobre a capacitação dos profissionais, o que garante tanto a sua segurança quanto a qualidade e conformidade da higienização.
Como garantir o cumprimento das normas regulamentadores e a segurança de pacientes?
Por fim, é preciso lembrar que, para que seja possível proporcionar um ambiente limpo, seguro e livre de microrganismos nocivos, o uso de soluções de qualidade é tão importante quanto o cumprimento das normas apresentadas, afinal, garantir a conformidade e qualidade dos processos de limpeza não é um diferencial, é uma obrigação, e isso só é possível se os produtos utilizados oferecerem, de fato, uma fórmula eficaz.
Por isso, investir em soluções de qualidade em cada uma das etapas de limpeza de superfícies e artigos médico-hospitalares é essencial.
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REFERÊNCIAS
Procedimento Operacional Padrão: Higienização Hospitalar – EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) ¹
Norma Regulamentadora No. 32 (NR-32) – Ministério do Trabalho e Previdência ²
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