Quais são os Custos Relacionados à Internação?

Custos Relacionados à Internação

Existem diferentes motivos que podem levar à uma internação, desde tratamentos não invasivos até cirurgias. Independente do tipo de procedimento, internações dependem de diversos itens custosos, que vão de honorários médicos a materiais utilizados. Levando em conta os custos relacionados à internação e os fatores associados a ela, é imprescindível aplicar diretrizes que previnam que ela aconteça, como a Atenção Primária à Saúde (APS). Continue lendo para entender quanto custa uma internação e como a APS pode ajudar a evitá-la.

Quanto custa uma internação?

Os itens principais que causam custo para uma internação são:

  • Diárias
  • Taxas
  • Honorários médicos
  • Materiais
  • Medicamentos

Em mais detalhes:

  • “Diárias: corresponde à estadia no hospital, inclui alimentação, roupa de cama, banho e outros itens relacionados ao quarto ou enfermaria. Os preços das diárias podem variar conforme o padrão de acomodação, assim como em hotéis;
  • Taxas: corresponde a valores administrativos, cobrados pela admissão do paciente, seu registro, entre outros. Pode incluir, ainda, taxas sobre a utilização de sala para realização de cirurgias e aluguel de equipamentos, como respiradores, desfibriladores, bombas de infusão etc;
  • Honorários médicos: correspondente à visita do médico no leito do paciente, honorários cirúrgicos, de procedimentos clínicos, de parto, de visita, entre outros;
  • Materiais: abrange uma ampla quantidade de insumos, que pode ir desde esparadrapo a materiais invasivos para aplicação de medicamentos, entre outros, incluindo órteses, próteses e materiais especiais (OPME);
  • Medicamentos: inclui toda a medicação que é prescrita para o paciente durante sua internação – desde analgésicos a quimioterápicos injetáveis; o SADT (Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia): inclui exames diagnósticos e terapias necessárias durante a internação, como, por exemplo, uma tomografia computadorizada ou uma hemodiálise; 
  • Outros: inclui demais itens passíveis de cobrança que não se enquadram nas categorias anteriores”²

Considerando todos esses itens, fica claro o quanto uma internação pode ser custosa. Nesse sentido, é importante reconhecer quais são os fatores de risco associados às internações para que seja possível formular diretrizes para contorná-los.

Fatores de risco associados às internações

Os principais fatores de risco associados às internações são:

  • Envelhecimento populacional
  • Estado civil
  • Renda

Entenda melhor:

Envelhecimento populacional: Com o aumento da expectativa de vida, aumenta também a prevalência de patologias crônicas, o que faz crescer os custos com assistência à saúde (incluindo internação). Essa faixa etária é muito mais suscetível a problemas de saúde, principalmente se durante a vida os cuidados com ela foram negligenciados, o que pode contribuir com a sobrecarga dos sistemas de saúde.¹

Estado civil: Pode parecer estranho, mas o estado civil também está relacionado com os números de internação. Os estudos sobre o assunto são poucos, contudo, é possível assumir que, como as mulheres geralmente tendem a cuidar mais da saúde, os homens, quando casados, tendem a seguir o exemplo das esposas, diminuindo a probabilidade de problemas futuros e, por consequência, internações hospitalares menos complexas e menos custosas.¹

Renda: A baixa renda é um fator relacionado com longos períodos de internação, afinal, pessoas com condições socioeconômicas frágeis possuem, em geral, muito menos acesso à serviços de saúde, além de geralmente terem circunstâncias de trabalho e alimentação precárias, o que contribui com a prevalência de diversas doenças crônicas. Com todos esses fatores, muitas pessoas nessa situação só procuram atendimento quando o quadro já é grave.¹

Considerando todas essas informações e que, muitos dos fatores de risco estão fora do controle pois se tratam de condições sociais, fica claro que medidas preventivas precisam ser tomadas para assegurar que os números de internações diminuam, assim como assegurar que o período de permanência no hospital também seja mais curto. Em outro artigo, nós já falamos sobre a importância da desospitalização, contudo, existe outra medida importante para melhorar esses números: a atenção primária à saúde!

O que é a Atenção Primária à Saúde?

A Atenção Primária à Saúde (APS) trata-se de um conjunto de ações individuais, familiares e coletivas, sendo o primeiro nível de atenção à saúde. Tais ações abrangem a promoção e proteção da saúde através da prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e, também, vigilância e manutenção da saúde, sempre com o objetivo final de garantir um suporte à comunidade que traga impactos positivos e alivie a alta demanda dos serviços de saúde.

Baseada em práticas de cuidado integradas e realizada por uma equipe multidisciplinar, a Atenção Primária à Saúde visa oferecer cuidados que devem fazer parte do cotidiano da população, incluindo diversos serviços que vão desde a orientação sobre atitudes simples de promoção de saúde, como a alimentação saudável, passando pela prevenção, com a vacinação, até o controle de doenças crônicas e reabilitação.

Nesse sentido, podemos dizer que a APS visa tratar das pessoas e não apenas de doenças, com um atendimento que abrange a comunidade como um todo, focando nas necessidades básicas de saúde que uma pessoa terá ao longo da vida.

Assim, a Atenção Primária à Saúde é fundamental para ajudar a diminuir a ocorrência de internações, principalmente internações longas, pois esse serviço promove ações que visam garantir o bem-estar, qualidade de vida e saúde da população, considerando os elementos sociais, econômicos e ambientais que permeiam essa questão.

Por isso, é essencial garantir que o máximo possível de pessoas tenha consciência da importância dos cuidados preventivos de saúde, e que cada vez mais sejam criadas ações voltadas para a melhoria dos determinantes sociais de saúde, o que pode ajudar a diminuir os custos relacionados à internação hospitalares e gerar melhores condições de saúde para a população.

Referências:

Fatores associados ao custo das internações hospitalares por doenças sensíveis à Atenção Primária no Sistema Único de Saúde – Revista Ciência & Saúde Coletiva¹

Por que os custos com internação dos planos de saúde são os que mais crescem? – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)²


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